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28 March 2006

Zumm ao acordar

- Filha, acorda (diz a mãe deitada com a filha ao lado).
- Quero ficar aqui mais um bocadinho a cheirar os teus cabelos. Cheiram tão bem! (responde sem abrir os olhos).

27 March 2006

Como beber café e passear (da forma mais complicada)

Pegue na sua criança (qualquer uma com idade inferior a 12 anos) e saia de casa. Meta-se no centro comercial, especialmente num domingo de ar chuvoso, e de preferência, logo depois de almoço.

Pode, logo que chegue, por tentar beber o café. Enquanto aguarda na fila, tente manter a criança debaixo de olho porque sossegada é impossível. É provável que perca a sua vez na fila porque teve de ir buscar a criança 50 metros mais à frente. Tente outra vez. Dê a mão à criança e entretenha-a com qualquer coisa. Bem, com qualquer coisa também não. Pacotes de açucar não são boa ideia, apesar de estarem mesmo ali à mão. Guardanapos de papel são mais úteis mas apenas se estiverem acompanhados de uma caneta. Quando lhe parecer que pode soltá-la e mexer o seu café, atenção para não recomeçar de novo.
Também surgem outros imprevistos. Como a vontade da criança de ir à casa-de-banho. É provavél que apareça sem ainda ter molhado os seus lábios com a bebida aromática. Para não correr o risco de não ser a única coisa molhada, diriga-se para o WC mais próximo. Repita a operação depois de ter bebido o café.

Tente ver umas lojas. Cuidado com aquelas que estão perto das lojas de brinquedos ou de material informático. Pode sair de lá com um jogo ou DVD que não estava a pensar adquirir.
Repita a operação WC, desta vez com a ida ao das crianças.

Descontraia. Jogue às escondidas nos corredores das lojas. As crianças adoram. Dê mais uma volta ao centro. Depois de algumas lojas é natural que perca a noção do tempo e já sejam horas do lanche. Duas hipóteses: ou fica no centro e gasta algum dinheiro/tempo numa refeição leve ou volta para casa. Nenhuma das duas pode levar mais do que 5 minutos a decidir ou arrisca-se a ter em mãos uma crise de fome. Demorou-se? Repita operação WC.

Volte para casa. Arranje um lanche e pense se poderia ter gasto mais uns minutinhos a ver o preço de alguma coisa. Se a resposta for sim, repita o processo no domingo a seguir.

23 March 2006

Porque as árvores morrem de pé

De fita estendida
Ao tronco abraçada
Está a primeira das sete
De igual destino marcada

Está serena, indiferente
Ao fado já traçado
Distante do futuro
Por si não reservado

Melhoramento de arvoredo
Eis a justificação
Operação: abate
as sete serão

Num placar pode-se ler
Nos itens a informar
Desta espécie são a abater
Outras sete a plantar

A dois dias estão
as Populus Alba para fora
as Pyrus Callersyana virão
sem rancor e sem memória

22 March 2006

Primavera em Alijó

Não me passou ao lado o início desta estação. Dei conta no calendário onde tinha incluído outra nota: Dia da Árvore.

E existe uma árvore que ontem teve direito a uma notícia só sua: a 'Árvore Grande', na aldeia de Alijó, no coração do Alto Douro. Um plátano de 150 anos.
Os entrevistados, naturais da aldeia, falaram sobre a presença da árvore que ali permanece desde que nasceram e que influencia a vida da pataca aldeia.

Ponho-me a pensar que a dita árvore tem, no peso dos seus ramos, a vida de tanta gente. Que a queda das suas folhas alimentam o amor sentido de alguém. Que a sua casca rija, riscada vezes sem conta, serve de apoio a abraços apaixonados, a brincadeiras de criança, a alguém sem fôlego para continuar o seu caminho. Que debaixo da sua sombra, muitos se abrigam - pessoas e animais, pássaros e insectos. Ama-se, brinca-se, chora-se. E ela tudo acolhe.

Ontem, em troca do que deu (e dará) sem nada pedir, recebeu o carinho da aldeia e também a sua segunda nobre placa onde indica a sua idade: 150 anos.



(Descobri esta foto da fonte de Alijó onde se vê ao fundo a Árvore Grande que está tão alta que sobressai naturalmente na foto).

21 March 2006

Escreva o seu próprio romance

O título é mais comprido: "Escreva o seu próprio romance Lobo Antunes em apenas dez passos". É uma banda desenhada temática (Manual de Instruções para Crimes Banais), com ilustrações de Hugo Pena e texto de Jorge Pedro Ferreira. Saiu na revista Periféria nº 14 e esta descrição sublinha o facto de não ter pedido autorização para reproduzir, comentar ou fazer seja o que fôr com esta BD. Que é refrescante!

Não tenho o hábito de ler a revista mas a 14 estava aqui disponível - ou melhor, estava no carrinho dos livros que serve de balcão a uma feira interna e também, quando não há material novo, de cesto de trocas e depósito de tralha que alguém não quer.

Reproduzi o texto (as imagens não consigo - tentei mas não se percebe nada) para colocar aqui. Cá vai:

1. Inicie a escrita simultânea de cinco romances (manuscritos a letra míuda) e avance, no mínimo, até às trezentas páginas.

2. Certifique-se de que pelo menos dois dos romances se passam em África.

3. Retire a primeira e última palavra de cada parágrafo.

4. Recorte cuidadosamente cada página ao meio, obtendo assim duas folhas A5 pelo método de divisão de uma folha A4 (processo eminentemente surrealista).

5. Atire todas as folhas ao ar e recolha aleatoriamente 544 páginas (número obtido pela soma de 44 e 550).

6. Escolha um título retirado de um poema, certificando-se sempre da impossibilidade de ser detectada qualquer relação com o livro.

7. Entregue os manuscritos a uma senhora com o apelido de pequena pedra, que os deverá decifrar e passar a letra de forma.

8. Faça chegar o original a uma editora portuguesa com o nome de uma personagem de Cervantes.

9. Dê entrevistas, aguardando pela quarta questão para se zangar com o jornalista.

10. Sente-se e aguarde pelo Nobel.

E pronto. É tão simples como seguir a receita de um bolo. Pensei logo "eu também posso fazer um romance". Faço uma mistura, umas alterações, enfim sigo mais ou menos a dica. Já destruo a maior parte das minhas receitas culinárias. Nunca as sigo à risca (será por isso que nunca fica igual à das fotos gastronómicas publicadas?) Porque não um livro? Um romance? E posso adicionar as receitas. Que ideia deliciosa. Ler ficção e cozinhar ao mesmo tempo. Será que alguém já se lembrou disto? Se não, tenho que ir registar a ideia...

17 March 2006

Lutas de um dia de chuva

Depois de alguns dias de sol sorridente, de roupa lavada que seca em duas horas, de meninas com ombros de fora, das árvores a florir e pólen no ar, está a chover.

De banho tomado, sequei o cabelo. Segue-se uma luta. Esta foi com a escova. Ganhei com a ajuda do secador. Saio para a rua. Quase imediatamente, o vento e a chuva tornam infrutífera a minha batalha. O cabelo parece rir-se e espeta-se no ar com um ar feliz.

Luto com o vento da minha rua. Luto com o capuz do meu casaco que insiste em levantar-se, com os cabelos nos olhos e com o chapéu-de-chuva que me quer levar mais depressa do que os meus passos. E, com este, tenho uma espécie de dança. Coloco-o contra o vento, agarro-o com mais força, volto-me de novo ao virar da esquina. Entro no carro e fecho-o. Abro-o de novo, à saída, com o cuidado de não o largar para o vento não ficar com ele. E luto outra vez com o mesmo adversário. Desta vez, saio vencedora mas o chapéu sofreu uma baixa. Uma haste ficou sem pano.

Seguem-se as poças de água. Tento manter-me seca. Estas botas não gostam de chuva, ficam encharcadas e baças com pouca água. Saltito no passeio. Não parece resultar. As gotas sobem pelas calças acima. Sacudo-as e elas elevam-se ainda mais. Ok. Esta é uma luta que definitivamente acabei de perder.

Vou trabalhar com o meu cabelo sorridente, com o meu chapéu já mais recomposto, com as minhas botas já baças e as calças... bem, essas meto-as debaixo do secador das mãos do WC e voltam ao normal num instante. Afinal, sempre ganhei este combate.

Sou uma vencedora!

12 March 2006

Festival quê?!?

Festival RTP da Canção 2006.
Nem dei conta de que iria haver um este ano. No meio de um zapping, tentei perceber que programa era este. Caretos a cantar? Caretos?!? A canção estava no fim e o seguimento do programa deu a entender que era o Festival da Canção. Voltou o Festival? pensei ainda de boca aberta. E com caretos??? Estaria a ver bem? Seguiu-se um intervalo.



O Festival RTP da Canção foi, num passado recente, o evento português mais importante e esperado do ano. Algo equivalente aos óscares hollywoodianos.

Há cerca de 15 ou 20 anos atrás, ouvia-se falar do Festival meses antes de acontecer. Antecipava-se a sua chegada com um sentimento quase infantil. Quem iria participar, quem escreveria a música vencedora ou quem a iria interpretar.

Falava-se do Festival nos cafés, nas pausas dos empregos, nos intervalos das escolas, nos transportes públicos. As comadres lá da rua visionavam qual seria o vencedor e esse era, certamente, aquele dos "olhos bonitos" ou o da "voz rouca". As conversas rodeavam os concorrentes e passavam de boca em boca. Até já havia um favorito ou favorita.

Havia também uma espécie de ritual. Algo que um bom espectador não podia perder. Tinha-se de se estar atento à data do início do Festival. Depois, comprar os cupões que, semanas antes, os jornais e a TV Guia publicavam e que permitiam que o público votasse com antecedência. Outra coisa a não perder era assistir à apresentação diária das canções que iriam participar e que passavam na televisão, uma por dia, dias antes. Absorvia qualquer um. Seria melhor que a do dia anterior? Homem ou mulher? Tinha boa voz? Ou é um grupo?

Lá em casa, à hora marcada, os olhos de todas nós não descolavam da televisão. A avó, sentada no velho sofá, de olhos brilhantes com saudade de outros tempos, ouvia atenta as letras das canções; a mãe tecia hipóteses sobre quem iria chegar ao fim e tentava decorar o nome dos concorrentes e respectivos compositores; eu tentava decorar o refrão da música preferida para não me esquecer qual era, para que no dia do Festival, voltasse a cantá-la como se pudesse ajudá-la a ganhar.

E o dia chegava. A voz do Fialho Gouveia fazia-se ouvir e o Festival começava. Apresentava-se o júri, passavam as canções, seguia-se as votações do júri, as votações do público, o suspense da contagem dos votos, a vitória. De novo, a música vencedora.
E ainda havia mais. Repetia-se todo o processo ao ver Portugal representado na Eurovisão, onde a canção portuguesa competia com outras europeias.

De volta ao fim do intervalo, outra canção. O intérprete é Beto. Não o reconheço. Oiço a entrevista pré-gravada. A canção inicia e não me agrada. Olho para o fato branco do Beto e saltam à vista os sapatos. Parecem sapatos de palhaço. E é inevitável. O riso sai espontâneo da boca para fora. Credo. Ele está a cantar ou a actuar? O realizador devia estar a tentar disfarçar o que era óbvio e faz planos do público e do júri. Descubro a presença de Simone de Oliveira que canta junto com o coro, aplaúde e sorri com o mesmo entusiasmo que sempre lhe conheci. A música termina.

A voz de Elídio Clímaco, muito mais velho mas com o mesmo timbre inconfundível, transporta-me imediatamente a outros tempos e a outros programas - quem não se lembra dos "Jogos Sem Fronteiras", tão entusiasmantemente relatado por Élídio? E traz-me uma saudade que pensei não existir, enquanto ouço a apresentação feita por esta voz que mistura o presente e o passado a cada palavra.

Segue-se o júri. Ok. Não apanhei isto do princípio. É o Felipe La Féria? No júri? Bem, se calhar é impressão minha. Não, não é. Introduz no seu discurso uma homenagem sentida a Fernando Tordo que faz o público levantar-se das cadeiras com aplausos à mistura. Relembra outros artistas e sublinha a presença de António Calvário, o 1º concorrente do Festival de 1974. Ah. Afinal isto está a tornar-se didáctico, pensei. E, sem ninguém pedir, António Calvário salta da cadeira a mostrar a sua nova plastificada cara, com um aceno de mão e um ar sorridente. Eu também salto mas para não deixar queimar o jantar e volto asap.
Simone, com a sua voz forte, faz um curto discurso mostrando-se solidária com os concorrentes. Sabe o que é estar no palco e não o esqueceu.

Segue-se a pontuação. O quadro das votações surge no ecrã. Supresa! Os votos não são secretos! Estão discriminados um a um, por debaixo das iniciais do júri. Ok. Mais uma novidade. Suponho que no fim do programa (em directo) os artistas vencidos poderão desforrar-se do júri (para este caso, favor seguir as indicações: 3ª porta do lado direito, após o contornar o cenário. Em caso de dúvida, será colocado uma tabuleta com a palavra "júri" pendurado do lado de fora da porta).

Outro comentário. Tó Zé Brito. Um discurso que não ouvi. Mais uma ida à cozinha. A atribuição continua. Fátima Lopes faz o seu discurso. Fátima Lopes?!? Eeehh. Será que mudei de canal? É o ModaLisboa? Não. Ainda estou no Festival. Ok. Concluo que a lógica, agora, é que os concorrentes sejam avaliados também na sua apresentação. Isso ajuda a explicar a posição das concorrentes que vão à frente. A intérprete da canção "Sei quem sou (Portugal)", Vânia Oliveira, tem um vestido branco justo até à cintura, decote favorecido - quase até ao umbigo que mostra umas mamas muito redondas -, cintura fina e saia curta com cauda a tocar no chão - que permite ver umas pernas bonitas (até a Simone frizou ser um detalhe importante para a Eurovisão). Tenho de admitir que tem uma boa voz, não é só um corpinho bonito mas este ajuda muito. Talvez, afinal, estejamos a tentar entrar num novo concurso, um Modavisão ou assim.





Seguem-se as Non-stop que apostaram nas mini-saias (e na música inspirada nos anos 80 que não tem nada de original, a não ser a letra, claro). Temos uma disputa entre mamas e pernas, portanto. Quem sairá vencedora?



O último elemento do júri a falar é João Gobern. Suado, bem falante e de várias vezes com a palavra cortada pelos apresentadores - com muita pena minha pois foi uma das opiniões mais realista e crítica. Após a sua votação, vislumbra-se um 1º lugar que ainda não é definitivo. Falta o povo. O Zé Povinho tem a palavra. Está à frente as maminhas, seguidas das perninhas. Qual será o gosto do Zé Povinho?

O fim da votação por telefone (e internet) termina. O computador regista e ordena os votos. Outra nova modalidade. Uma contagem decrescente. Estamos a 30,...20, ... (porquê começar no 30?)...10, 9, 8, 7, 6, 5, 4, 4, 2, (viram bem porque o 3 não apareceu), 1, 0. E a vencedora é..... Um empate. Entre as mamas e as pernas.

Agora está renhido. Como é que se desembrulha este pacote vencedor? Fiquei à espera da resolução, com uma certa curiosidade, à espera, talvez, de um comentário do júri ou até, quem sabe de um sorteio bola-branca, bola-preta. Até me desencostei do sofá e arregalei os olhos (ouvidos também que a confusão já era grande no auditório). A resposta veio de seguida. Nestes casos, vence a canção a quem o júri atribuiu mais votos. O quê??? Vencem as pernas? Não pela interpretação, nem pelas vozes (são 4 as Non-Stop) mas pelos votos de 5 elementos que compunham o júri contra centenas de espectadores (ou dezenas que eu não os contei mas por certo que foram mais do que 5) que formam uma opinião nacional??

E o público presente também reagiu. "Vânia, Vânia, Vânia", chamavam com aplausos.
As expressões das concorrentes no palco variavam entre o espanto e a alegria (e a incredulidade da Vânia). O realizador saltitava entre câmaras. Outra expressão sorridente da Vânia, amarela entenda-se. Isto fugiu para o dramatismo. Parece um Big Brother versão musical. A confusão continuou com os apresentadores a tentarem terminar o Festival, esforçando as vozes para se sobreporem aos apupos.
Enfim, a canção vencedora fez ouvir novamente, último ritual inalterável deste Festival.

E foi mais um Festival da Canção. Não foi?

Sugestão: Para os caretos-cantores, sobreviventes ao calor sentido no auditório, poderia ter sido atribuído um prémio pelo melhor esforço de compostura em palco e por terem aguentado até ao fim da emissão sem tirarem um único fio de lã de cima do corpo.

01 March 2006

Zumm - É um...

Centro comercial típico, cheio de gente. A montra da loja dos animais está dividida em aquários/gaiola com espécies diferentes. Avós e neta (cerca de 6 anos) vêem a montra. O avô, de mãos nos bolsos, olha por cima do ombro da avó, com ar de quem já está farto do passeio.
Avó - Olha. Tem uns ratinhos e tudo. Pequeninos, olha. (Dedo esticado apontando o óbvio).
Neta - Sim.
Avó - Olha este ao lado a saltar! É um... hamster? (Inclina ligeiramente a cabeça em direcção ao avô obtuso).
Avô - É um hamster ou... porco-da-india. (Responde quase sem se mexer).
Avó - Pois.... um hamster a saltar, olha. (Atira com o queixo para a frente).

E a neta olha fixamente o ser saltitante antes de concluir: É um esquilo!

O Canal Panda e o National Geographic são muito úteis. Avós, sintam-se livres de acompanhar as crianças nestes canais animados e didácticos.

Mais boca que ouvidos II

Ok. Após remoer o assunto durante horas, ter ficado indignada, ter achado que não valia a pena o empenho de um serviço bem feito para ouvir "bocas", achei que desta vez tinha de haver conversa. Fico irritada de pensar que isso obriga-me a tomar esta atitude. Conversa frontal. Tête-a-tête. Destesto. Admito, no entanto, que é eficaz.

Ok. Novo obstáculo. Como ultrapassar a indignação e ir falar com a pessoa? Faço caretas, abano a cabeça, mordo o lábio. Entrego-me ao vício de anos no meio de mais umas caretas. Que raiva. Suspiro, mais abanos de cabeça. Será que há outra solução? Claro que há. Posso ignorar. Mas isso não resulta. Tenho de ter uma conversa. Tem de ser.

ok. É desta. Tenho que me aproximar. Até estou vermelha. Corada? ou de raiva? sei lá. Não interessa. Falo. 5 minutos de conversa. Mais isto, mais aquilo e afinal foi um mal-entendido. Valeu a pena ter falado. Alívio. As bochechas voltaram ao normal.