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21 November 2006

É desta!

Escrevo agora num momento que me parece mais adequado e anuncio aqui a novidade que tenho guardado nas últimas semanas: esta abelha vai casar-se.

Já não há namoros ou noivados longos. Há este. Dura há 14 anos. Destes, 6 deles são de vida em comum, os restantes são parte de uma história a dois.
Uma história comprida de encontros e desencontros, uma novela feita por nós que ainda não acabou, ainda vai a meio - não é como aquelas da televisão onde já se sabe o fim da história e passam episódios de desencontros repetidos onde os apaixonados demoram a ser felizes. A nossa história já é feliz e teve de tudo: namoro, discussões, família, mortes, doenças recuperadas, uma filha, amigos bons e maus. Ainda terá mais, próximos capítulos virão já de seguida. Sem pré-visualização. Um episódio por dia.

Encontrei um poema que é adequado ao que sinto agora, como vejo este amor que não pesa nos anos:

O amor antigo

O amor antigo vive de si mesmo,
não de cultivo alheio ou de presença.
Nada exige nem pede. Nada espera,
mas do destino vão nega a sentença.

O amor antigo tem raízes fundas,
feitas de sofrimento e de beleza.
Por aquelas mergulha no infinito,
e por estas suplanta a natureza.

Se em toda parte o tempo desmorona
aquilo que foi grande e deslumbrante,
o antigo amor, porém, nunca fenece
e a cada dia surge mais amante.

Mais ardente, mais pobre de esperança.
Mais triste? Não. Ele venceu a dor,
e resplandece no seu canto obscuro,
tanto mais velho quanto mais amor.

Carlos Drummond de Andrade

2 ferroadas:

AnadoCastelo said...

Sim senhor, soubeste escolher o poeta. É um dos maiores poetas brasileiros e o poema é lindo.
Jokas grandes

Mariposa Roja said...

Muitos parabéns pelo enlace! E felicidade na colmeia.