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22 December 2007

Os desejos de um Feliz Natal

E porque não queria deixar de desejar um bom Natal, "a todos vós" - tal como na música que me persegue desde a infância e sem a qual já não consigo passar - deixo-vos aqui os meus votos de paz passada ao lado da família e dos amigos, sem os quais não poderíamos ser totalmente felizes.

Desejo-vos uma noite cheia de alegria, prendas e doces no sapatinho. Não só para as crianças mas também para os adultos (porque nós também gostámos).

E que tal terminar com um doce vídeo? BOAS FESTAS!!

06 December 2007

Vara verde

Quando me sinto inspirada e apoiada, sei que é a altura ideal para dar o meu melhor. Sei que posso ir mais um passo em frente, mas a custo. Como os passos inseguros de um bebé que aprendeu a andar há pouco tempo. Tenho medo de escorregar no passo seguinte. E é mais fácil ficar parada, em pé, à espera de algo para me agarrar.
Por vezes, fico à espera do cajado que me liberta da minha inércia. Desmotivo-me logo que as pernas vacilam. É assim que vejo a minha vida. Com vários caminhos e são todos diferentes. Com níveis distintos de quilómetros (ou centímetros) já percorridos. Alguns, gabo-me de já ser uma verdadeira viajante de calos nos pés e tudo. Outros, os calos estão nas mãos de tanto andar de gatas a tentar me levantar (é difícil erguer-me, quanto mais andar!).

Dou, também, cabeçadas em becos sem saída. Páro para pensar nas minhas ideias nestes becos de muros altos sem retorno. Nestas paredes invisíveis, encosto-me e penso. Mudo o meu ponto de vista, a minha opinião. Revejo as situações. Atravesso a muralha e debato-me com tristeza de reconhecer que errei.
Fico espantada comigo mesmo por ter cá chegado - aos becos sem saída. Deve ser por não haver sinais de trânsito. Sou cumpridora de sinais e regras, desde que lá estejam. Tenho, também, a sensação de passar pelo mesmo caminho várias vezes como se me tivesse perdido – e não é por ser uma gaija! (com sotaque nortenho e tudo). Já vi homens passar vezes sem conta pelo mesmo trilho e nem sequer tentarem mudarem a rota – deve ser por serem homens e não quererem perguntar o caminho!

Gostava de terminar todos os caminhos que começei. Sei que me canso e faço pausas, com mais ou menos entusiasmo, mais ou menos prolongadas. Por vezes passa, o entusiasmo, e fico aflita, com o peso da responsabilidade de um caminho ainda a meio.
Há, felizmente, os caminhos já terminados. No fim dessas estradas há uma recompensa que temos de procurar, como um tesouro enterrado. No interior, se conseguirmos achar o báu e abrir a fechadura que tem uma chave diferente de todas as vezes, encontraremos a razão pela qual gastámos os sapatos. Nem sempre gosto da recompensa, confesso. É aí, que fico sem saber o que fazer. Mas são sempre úteis as recompensas. De alguma forma tornam-me mais forte.

E quando penso que já não há muita esperança neste caminho, tenho a certeza de, a qualquer momento, vou dobrar uma esquina qualquer da vida e descobrir uma estrada nova para recomeçar... eis um dos ingredientes para a vida.