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19 December 2008

Todas as mensagens para 2009

Para quem não tem tempo de enviar mensagens ou simplesmente passa a vida a esquecer-se de o fazer:

Feliz Natal. Boas Entradas, um 2009 em grande. Feliz aniversário, bom Carnaval e uma Páscoa feliz. Um óptimo 25 de Abril, dia do pai e da mãe. Goza bem o S. João, o Santo António e os restantes feriados. E excelentes férias.

18 December 2008

Jump, jump, jumper

Apesar do abandono aparente, este canto não está esquecido. E como a época natalícia, está cada vez mais (aparentemente) consumista e menos solidária, deixo um filme na versão "partilhe-um-sorriso" que é barato, é fácil e dá milhões de segundos de boa disposição.



Um óptimo Natal para todos.

09 October 2008

Ideias em fuga

Despejo palavras como quem desperdiça tempo. Por cada uma, há um segundo que não volta para trás. Pesa-me na consciência este desperdício, tal como a ida à farmácia onde não comprei tudo e a ida à livraria onde não comprei nada. Tenho a percepção de que a mente me foge em direcção oposta àquela em que devia se concentrar. Tal como as minhas ideias quotidianas. Estas então permitem-se fugir ao meu controle, deslizando em caminhos separados, rindo-se da minha hesitação em persegui-las. Entenda-de que nem eu sei de onde vem a minha indecisão: se é a escolha de quem deva perseguir primeiro ou se é o cansaço que fala mais alto. Para elas, é indiferente.
Surge-me na mente um pequeno caderno que tenho na mala. É para eu escrever o que eu quiser, a qualquer momento oportuno ou iluminado. Pelo menos, foi o que pensei quando o comprei e o guardei entre a carteira e um pequeno bloco miniatura que exigia reforma há já algum tempo. Quando consigo colocar em práctica este plano anti-fuga de ideias, aí consigo cortar as asas das ideias que fogem. E elas, sem ter para onde ir, permanecem inalteradas nas linhas onde se arrumam. Esfrego as mãos de contentamento. A minha caça dá proveitos mas tenho de melhorar a técnica. É que algumas ideias são mais espertas que eu e fogem à ponta da caneta.
Vou mudar para o lápis.

02 October 2008

A corrida

A formiga sentiu o peso do seu mundo. Ora nas costas, ora nas pequenas e frágeis patas. Corria de um lado para o outro, sem meta definida. Todas as corridas eram importantes. Em nenhuma se lhe via o fim.
Numa pausa entre duas agitadas corridas, onde o almoço pequeno lhe caiu pesadamente, olhou as folhas das árvores. Apesar do dia ter sol e não estar frio, o vento corria de um lado para o outro. Ao contrário da sua azafáma, fazia-o com graça. As folhas mexiam-se e remexiam-se cada uma para seu lado, fazendo com que a árvore folharenta se inclinasse ao sabor do baile diurno. As nuvens tinham sido levadas, como que postas de castigo a um canto, deixando o céu azul aparecer até para lá do horizonte. Aqui e ali, havia sossego. Paz à espreita numa esquina ou banco de jardim. Até havia um pequeno riacho que parecia cantar, atirando convites a quem o quisessem ouvir. Mas o formigueiro não podia parar e ela era uma formiga.
Por isso, lentamente, colocou as patas uma à frente da outra e guiou-se para o meio da próxima corrida ingrata e já sua conhecida. Alguma vez a ganharia?

28 August 2008

Cúmulos

Estas pequenas delícias sorridentes são do livro "Os Cúmulos" de José Jorge Letria, com ilustrações de José Miguel Ribeiro. A editora é a Ambar.

Era uma senhora tão friorenta, tão friorenta que até aos pés das cadeiras calçava meias de lã.

Era uma cidade tão pobre, tão pobre que, nos cruzamentos, os semáforos só tinham duas cores: o preto e o branco.

Era uma mulher tão magrinha, tão magrinha que, um dia, engoliu uma uva e toda a gente pensou que ela estava grávida.

Era um homem tão estúpido, tão estúpido que só alimentava as galinhas com gelado para os ovos saírem frescos.

Era um homem tão agressivo, tão agressivo que apagava os fósforos à martelada.

Era um país tão frio, tão frio que as pessoas cuspiam cubos de gelo.

Era um homem tão feio, tão feio que, estando no desemprego, aceitou trabalhar numa quinta como espantalho.

Era um homem tão estúpido, tão estúpido que, quando herdou um relógio que tinha cem anos, o vendeu porque pensava que os relógios só podiam ter 24 horas.

Era um aluno tão inteligente, tão inteligente que dava as respostas mesmo quando não lhe faziam perguntas.

Tinha tanta dificuldade em perceber as anedotas que pedia aos amigos que lhe fizessem cócegas para conseguir rir-se.

30 July 2008

Um dia no passado

24 July 2008

Em minúsculo




Olhava a formiga para o que tinha à sua frente. Dentro da barriga, um vazio. Aos seus pés, uma bola de Berlim. Era enorme, pensou ao olhar para cima. O açucar caía ao mínimo movimento. Tinha de ter cuidado ou as sua patas ficariam presas no doce. A fome apertou mais um pouco. Tinha de fazer algo e rápido. Afinal, tinha uma gigantesca massa frita envolvida em grãos de açucar - ou eram torrões? - mesmo ali. Decidiu ser simples. Apenas abriu a boca e deu ali mesmo uma enorme dentada.
Chuva de açucar. "Bolas", pensou, "vou mesmo ficar colada ao chão".

21 July 2008

Sonho de formiga

A formiga teve um sonho. Era um sonho enorme, avassalador. Tão grande que entrou nele e ficou a viver noutro mundo.

19 June 2008

Formigas com cargas

Porque há alturas em que as formigas levam demasiada carga às costas, metem-se debaixo dos pés dos elefantes. Perdem a carga a paciência e por vezes...a vida.

02 May 2008

São elas...

Vi-as finalmente.
Sem elas, o meu calendário não marca a Primavera. Mas hoje, duas, apenas duas, voavam partilhando o bom tempo com outras aves. Rodopiavam, seguiam-se e seguiram um pombo desprevenido no seu vôo. Como se convidassem todos para uma festa improvisada no ar.
Vi-as hoje... são lindas.

25 January 2008

O dia

Hoje é um dia. O dia. O dia de mudança.

09 January 2008

Pequenas cenas da vida

Metro
Em passo largo, dirigo-me corredor fora para as escadas da estação. Um som grave de carruagens soa ao longe. Deram um apito de saída, concerteza. Inícia-se uma corrida surda. As pessoas que correm juntam-se às que apressaram o passo cá à frente, todas a tentarem chegar à meta final. Prémio: uma viagem de metro até à próxima estação. Acabo por dar comigo a rir de mim mesma pela participação da mais pequena mini-maratona de Lisboa. Quem quiser participar, faça o favor de se apresentar à hora de ponta, numa qualquer estação do Metro de Lisboa. É gratuito.

Carro (I)
Que pieguice mudar o autocolante do seguro do carro, não porque ele estivesse em mau estado mas porque continha um logotipo de uma empresa à qual não quero ser associada. Ao menos, o novo ficou direito. Será que há autocolantes para o selo sem serem institucionais?? Consigo imaginar um autocolante John Lennon ou Hello Kitty facilmente. Também pode ser um a imitar uma moldura em chamas que isto de pagar impostos e seguros é, certamente, dinheiro a arder.

Internet
Supreendo-me ainda com a variedade de coisas que há para descobrir no universo WWW. Gosto de visitar algumas páginas de tempos a tempos. Uma que visito desregularmente é o D-mail. Este catálogo online de produtos para a casa e não só, oferece soluções práticas para quase todas as ocasiões. Admito que pequenos objectos nos possam facilitar o nosso dia-a-dia mas tenho de me orgulhar no que poupo em não comprar estas "pequenas e preciosas" ajudas. Não consigo evitar de, no mínimo, sorrir ao tentar imaginar se de facto a minha vida melhoraria com a introdução destes objectos no meu quotidiano:
Luz mágica de dupla cor para torneira de casa-de-banho
O dispensador de cotonetes

O cinzeiro que tosse

Pistola muda-canais de TV

Papel higiénico “Sudoku”
Raqueta fulmina-insectos
(não tenho a certeza deste último exemplo ser de facto prático - temos de acertar com a raquete na mosca primeiro).

Carro (II)
Ir colocar gasolina onde não há Multibanco de serviço, abastecer 5 euros e concluir que acabámos de comprar apenas 3,54 litros de "gasosa" que mal dão para encher o fundo do depósito do carro. Verificar que não somos os únicos.