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22 September 2011

Para o meu pai


Acredito em Deus, acredito em Jesus.
E Jesus disse nas aparições à irmã Santa Faustina: "O que mais me entristece é considerarem-me como coisa morta." Jesus vive em espírito e como ele, todas as almas.
Por isso pai, não te considero coisa morta. Estás vivo em espírito.
Foste justo, correcto e corajoso. Demonstraste-o nos últimos dias, sofrendo em silêncio para nos poupar. Obrigada. Por isso e muito mais. Por tudo.
Fica em paz porque nós também estamos em paz.

Das tuas filhas.

27 August 2011

Ao ver passar a vida


Descubro os vícios das repetições dos mais velhos. Avalio agora muitas vezes a minha vida. As coisas importantes não são as mesmas que antes. Mas são tão importantes como antes.
Avalio o porquê. Penso ser tão importante acreditar. Que tudo é belo. Que tudo tem um objectivo que nós desconhecemos.
Uma força invísivel poderosa. Atira-nos à vida e tira-nos dela com a mesma força gravitacional em proporções devidamente adequadas.
E assim vamos aprendendo, modificando-nos, adaptando-nos a esta força que nos compele. E quão bela pode ser.

14 July 2011

Morre-se um dia de cada vez

Morre-se um dia de cada vez.
Cegos de espírito na presença da luz,
temos pressa de nascer, de viver.
E nem a morte anunciada nos trava a ânsia de lá chegar... mais depressa.
Cobertos de escama do mau viver,
vamos nesta armadura inglória,
em batalha ao cómodo pessoal,
o nosso instrumentos ofensivo, a lingua vil, aguçada,
espada sempre pronta e sem desgate, por mais usada.

08 June 2011

Quotidiano

Não conto os passos. Dou-os inconscientemente, sabendo onde parar de todas as vezes. Quero sair por esta porta ou naquele lugar. Marcação mental e as portas abrem na estação, comigo a sair no lugar desejado. Subo as escadas, desço-as de novo no dia seguinte. Repetem-se os passos e entro pela porta que saí.
Na estação, observo que não sou a única que ocupa e marca um lugar para entrar. Há quem esteja, como torres de vigia, a olhar, mantendo-se imóveis no seu posto. Outros, com a preguiça do corpo a manifestar-se, a mesma vigia ocorre a partir dos bancos de madeira. E há também quem esteja desatento, aguardando o sinal sonoro, as luzes do painel, algo que interropa um fio de pensamento ou a conversa ininterrupta do telemóvel.

05 April 2011

Era só um café


"Era só um café". Há um aroma que sai e exalta quem rodeia a impotente máquina de café, com tubos quentes e fumegantes, no meio dos platinados. Há um aroma de brownies, de croissants integrais com sementes e o de petits gâteaux de chocolate e açucar em pó, quentes a sair do forno micro-ondas (ok, somos modernos, mesmo no café). E há o aroma de tostas... muitas e diferentes. E os sorvetes que não são só de chocolate ou baunilha. Se me perco, não é por a loja ser grande. É até pequena para a minha gulodice. Não sei se cabe no balcão, todas as tentações doces e salgadas, mais ao "louvado" vício do café. Não importa. O meu nariz diz que sim. Cabem todos os aromas.
"Afinal, era também um petit gateau... sim, aquecido"....

17 March 2011

Março, Marçagão, de manhã Inverno, à tarde Verão















Eis-me no mês de Março...já!? O mês da Primavera. Dela, já vi uma andorinha. Só é Primavera, depois das andorinhas chegarem. Vi uma há pouco tempo. Reconheci-a à distância de dois braços, quando estendia a roupa da minha janela do sexto andar, num voo pacífico e tangente, com cheiro a Ariel e a Quanto.

Só que ainda não é Primavera. Soa a triste.

Hoje, as nunvens insistem em passear pelo céu inteiro como um tapete mal sacudido, sem deixar passar os raios de sol, a não ser um ou outro mais insistente que consegue romper certamente uma nuvem mais fraca. Amanhã, S. Pedro vai parar de arrastar móveis, acertar com a mobília e deixa de lavar o chão. Sacudirá o céu-tapete e o dia ficará radiante. Vou só esperar o fim das limpezas. É já amanhã.