Estou de férias num cantinho de Portugal, numa aldeia perto de Viseu onde o sino da igreja toca as doze baladas a meio do dia e ao início da madrugada e repete-as quase de seguida, caso não tenhamos tido tempo de as contar.
Nesta aldeia pequena, onde nada falta - nem a internet que apesar de gratuita é contada ao minuto e termina no zero em contagem decrescente de meias-horas - estou a descansar e a tomar-lhe o gosto. O ritmo é diferente apesar de toda a gente fazer o mesmo que em Lisboa: compras de supermercado, trabalho, ida ao café, pagar as contas, impostos e segurança social. Mas parece que sobra tempo. Aqui o relógio marca o passo lentamente e faz com que sobrem horas no mostrador ao fim do dia. Dou passeios depois do jantar, com calma, sem a preocupação de algo urgente para acabar ainda antes de me deitar, respiro o ar puro, caminho no meio da estrada quase sem trânsito e chego a pensar que seremos (eu, marido e filha) as únicas alminhas vivas na aldeia aparentemente deserta. Chego ao café e eis que a esplanada está repleta de vida. As crianças brincam despreocupadamente na praça em frente. Eu também deixo a minha ir saltar para a borda dos passeios junto das outras crianças. E penso que estou a habituar-me bem demais aqui. Poder relaxar e deixar a minha filha brincar no meio da rua, ir a um café e devolverem-me os óculos de sol perdidos há 2 dias, ouvir bom-dia em todas as esquinas, pessoas hospitaleiras à minha volta, pão de mistura acabado de fazer em fornos a lenha (ai meu Deus, como o pão sabe bem só com manteiga) .... Enfim, não estou acostumada.
Ai, ai. Estou é a ficar muito mal habituada. Vai custar voltar ao "normal".
01 September 2006
Em férias
Publicada por Heiabelha em 1.9.06
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2 ferroadas:
Ai que a minha abelhita ainda voa para longe da colmeia e não regressa. Com toda este relax perde-se de amores pelo sítio e foge.
Jokas
Quase, quase. Mas a rainha-mestra ainda está em Lisboa...
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