Pois a pedido da AnadoCastelo, cá vai o resto da história.
O banho na casa da avó. É um acontecimento. É mais do que um banho. Não tenho banheira, tenho um poliban. É do mais práctico que há. Duche em 5 minutos, no meu caso talvez 20, com o recente problema do esquentador cerca de 1 hora. Mas na avó… é outra estória. Há uma banheira. E para uma menina de seis anos, aquela banheira vira natatória. Os olhos pequenos e redondos brilham enquanto a água corre em som de cascata a bater nas rochas. O nível sobe e com ele a ansiedade de mergulhar naquela água límpida. As bonecas tipo barbie são as primeiras. São atiradas com cuidado e afundam-se na água transparente. Depois, a minha filha entra. Um pé, depois outro. Mede a temperatura da água nas pernas e decide que está perfeita. Senta-se rapidamente e começa. Um sorriso estampa-se-lhe no rosto enquanto submerge o corpo e apanha as duas bonecas de sorriso congelado. Deixo-a brincar antes de a lavar e sento-me a apreciar o seu contentamento. Fico feliz por ela, com ela. Naquele momento, a felicidade está ali, ao alcance de um banho de imersão.
Gosto de a ver com o seu vestido verde e camisa de folhos e florzinhas, cabelo solto pelo ombro, movendo-se com graça a cada passo saltitante. Feliz, exibe um sorriso branco de dentes de leite, bochechas delicadas que fazem covinhas quando sorri, olhos grandes com pestanas fartas. Imagino-a daqui a uns anos. Prevejo-a diferente mas com um sorriso igual, covas marcadas, de olhos redondos sombreados por fartas pestanas pretas.
E no resto do dia beijo-lhe a face, pensado que não me canso de o fazer, nem a fartura de tantos beijos satisfazem o meu apetite por tal.
31 October 2006
Acordar ao domingo II
Publicada por Heiabelha em 31.10.06
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1 ferroadas:
Ah agora sim, a história ficou mais completa.
Mas é um amor de menina, não é?
Também estou de acordo só apetece dar beijinhos.
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