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27 July 2006

Curto passeio

A caminho do trabalho, decidi sair na estação de metro anterior e ir a pé. Um leve passeio para arejar as ideas e as sandálias de fitas que estiveram em casa, fechadas no terceiro compartimento de plástico de um móvel feito do mesmo material – o único da casa-de-banho. Começei a andar e verifiquei que estava a curvar as costas. Imaginei então um fio preso no alto da cabeça - como as marionetas têm - e que alguém o puxava. As costas acompanharam a minha fantasia e responderam, endireitando-se a cada passada. Por fim, andei direita, com um porte que me pareceu mais bonito e até o delinear do meu rabo parecia mais pequeno (o que é difícil). E, no meu novo passo endireitado, sorri e dei passos confiantes, largos, vigorosos, em direcção ao meu destino. Sorri e tentei não franzir os olhos, nem a face que levavam em cheio com a luz do sol de Verão. Não é simples. Há que descontrair os músculos e contrariar o movimento de encolher ou franzir, seja o que for. Segui o meu caminho com um ar mais descontraído, disfarçando as minhas paragens para atar as fitas das sandálias, ora de um pé ora de outro.
O vento obrigou-me a segurar a saia para que não mostrasse as pernas acima do joelho e deu-me um novo penteado despenteado, ao estilo rebelde do que o meu cabelo gosta de cada vez que não o moldo com o secador.


E cheguei.

2 ferroadas:

Natty said...

que saudades de caminhar pelas ruas de lisboa.....
sim se endireitas as costas, descontrais a cara e poes um sorriso nos labios a vida marece que nos abraca. E uma injecao de auto confianca!!!
Decontrai ainda mais e deixa a saia voar a cima do joelho..... :)

AnadoCastelo said...

Vês que um simples passeio nos pode proporcionar bem estar? É o encontrar do nosso "eu" e isso traz-nos paz e felicidade. Coisas pequenas mas tb grandes.