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28 September 2006

Cara à banda

Recebo chamadas dos leitores. São ossos do ofício. Deste pelo menos. Ouvir queixas ou lamentos, de quem sofre do outro lado da linha telefónica. Já ouvi elogios. Já ouvi desaforos no aparelho residente desta empresa bafejada pela vaga de despedimentos não-colectivos. Também eu podia ligar para mim mesma e relatar o que aqui se passa, falar sobre a supresa da notícia que se estampou na cara das pessoas, narrar o filme desta tempestade de insegurança que desabou, não em forma de chuva mas sim de sussuros de dúvidas, de exclamações de espanto, acenos de cabeça de reprovação, com "a cara à banda" (expressão usada pela minha avó em diversas situações de surpresa). Contenção de custos, dizem.
Eu também me contenho. Em comentários.
Oiço um senhor. A queixa é sobre os correios. Atrasaram-se na entrega das cartas e agora tem contas em atraso. Vai ter de pagar taxas de juro demora. E mais. O carteiro falsificou a assinatura do destinatário e ficou-lhe com a carta. Continua a expôr o caso, quer ser uma fonte anónima, não se importa de falar sobre o assunto. Quer que alguém lhe dê ouvidos. Quer expôr esta vergonha que se passa neste país, onde os desavergonhados governam. Como se fosse possível, através da exposição do assunto, que o carteiro fosse castigado e justiça fosse, assim, feita. Quase lhe disse para ir à polícia apresentar queixa. Mas pensei que também eles nada fariam. É preciso provas. Não há muito por onde pegar. É mais um de "cara à banda".

2 ferroadas:

Pedro said...

Também quero apresentar uma queixa, a cidade onde eu moro é uma vergonha, preocupam-se mais na colocação de palmeiras, para fingir que estamos num oasis, no que na segurança das pessoas poderem andar tranquilamente nos passeios, sem terem que desviar dos carros que estão aí mal estacionados, mas pronto... este país é assim.

PG

pinky said...

xiiiiii isso está mau está! espero que melhore rápido! bjkas