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18 September 2006

Pós paz das férias

É com um certo pesar que volto a um ritmo forçado de rotina após um ritmo desacelarado alcançado durante as férias. Ali, na aldeia, tudo se faz sem pressa e, no entanto, sem atrasos. Vive-se serenamente e para mim, que me considero uma rapariga de cidade, com uma pacatez a que não estou habituada. Preciso de uma certa adrenalina, já não sei viver sem pressão, sem stress, sem horários apertados onde mal há tempo para estar a par da última série da TV ou para uma ida ao café com os amigos ou até para ir ao cabeleireiro.
Sem ainda esquecer a liberdade que usufrui na pequena aldeia ao lado de Viseu, chego à porta de minha casa, de táxi alugado pela companhia de seguros - o meu carro sobreaqueceu na área de serviço do Pombal e obrigou-nos a diversas chamadas, capôt aberto, olhares revirados e horas perdidas com o reboque a finalizar a situação. Deparo-me com a realidade, crua e diferenciada, do prédio que habito, uma centena de quilómetros para sul, ao lado de um bairro social recém-construído e ainda em adaptação (está melhor nos últimos tempos, mais sossegado). Voltei a ter cuidado quando saio à rua, quando vou ao multibanco, quando entro num café a uma hora mais tardia. Mesmo assim, esqueci-me, nos primeiros dias, da diferença hospitaleira sentida no norte e entrei na frutaria ao pé de casa com um sonante "bom-dia" ainda contagiada pelo espírito nortenho. Só a dona da frutaria me respondeu (e porque conheço a D. Lurdes dali mesmo e às filhas que às vezes andam pelo meio da loja, entre as maçãs royal gala e as maçãs bravo esmolfe e porque cordialmente me cumprimenta, alegre e franzina, todos os sábados na sua árdua e atarefada lida de reposição de frutas e legumes, alguns tão pesados e volumosos como a sua pessoa).
No regresso ao emprego senti-me ainda influênciada pela boa educação e cortesia de Viseu, cumprimentado toda a gente e adoptando o ritmo trazido de casa. É nele que ainda penso estar a viver e penso continuar até a sensação persistir, o que me deixa curiosa, atenta em saber até onde pode durar algo tão rapidamente adquirido (o que é bom acaba depressa e eu preferia que persistisse este feeling de descontração, aliás gostava que se enraízasse e crescesse como erva-daninha dentro de mim, que não me ia importar). E embalada neste ritmo, termino com um bom dia para vocês.

2 ferroadas:

Pedro said...

Bem vinda ao ritmo e a "bela" cidade, que não tem ponta por onde se pegue.

Jocas
Pi

pinky said...

eu se podesse fugia todas as semanas para a minha vila de eleição, a descontração é tanta q até a porta da cozinha ainda se deixa aberta!