Na rua do pastor-guerreiro, o chão tem outra cor. As bermas dos passeios enchem-se de folhas castanhas tal como acontece sazonalmente no fim de Setembro. Há só um pormenor: estamos no início de Agosto.
As folhas caem prematuramente.
Olhamos para uma árvore e não imaginamos o seu dia-a-dia. Têm sempre uma aparência calma, dançam geralmente ao som do vento e os pardais que pousam nos seus ramos, com delicadas patitas, fazem as delícias do ouvido com o seu piar único. E imaginamos um mundo tranquilo.
Não é assim.
Não é assim.
As árvores daqui da rua são atingidas com o contínuo ruído urbano: carros que passam dia e noite, concertos de jazz ao ar livre (será que gostam do estilo musical?), ambulâncias que voam no asfalto direitas a São José, obras no prédio do lado...
Serão as folhas caídas um reflexo das suas silênciosas queixas? Ou de uma mudança de tempo que se deixa adivinhar na linguagem das árvores?
Penso que as minhas férias também deveriam ser prematuras - ainda vou ter chuva em vez de sol se não me despachar. O aviso está à vista: as àrvores já começaram a despir-se.
4 ferroadas:
Julguei que tinhas fechado a loja. Um mês sem posts.
Mas isso por aí já está assim? São mas é as árvores a queixarem-se da poluição atmosférifa e da poluição ruidosa que grassa por essa bandas. Jokinhas
o mundo virado do avesso!
Pois....
Pois....
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