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10 April 2006

Uma mão cheia de nada (é teu, 'tia'...)

Como se escreve quando não há o que escrever?

Não adianta, pensar, ou tentar arranjar um tema. O cérebro não pensa a altas horas. Só tenta permanecer activo mesmo sem nada para escrever.
Com Fernando Pessoa na contra-capa de um post não escrito (não há sobre o que escrever) musa pobre para um espírito vazio, não sei para onde a escrita me leva. Deixo que a 'pena' guie a mão e espero que a viagem tenha um destino. Não sei para onde vou, nem páro a perguntar caminho. Só sei que não me detenho mesmo que não exista nada por onde correr. Ando às cegas. Não me importa. Tenho fado. Está traçado a cada passo marcado pela escrita que segue lado a lado de um nada, de um vazio preenchido a cada instante.

Numa mente despejada, uma fonte jorra secretamente (disfarçadamente) um turbilhão de pensamentos, tão rápido que deles nada se percebe a não ser a sua clareza superficial. Eis que a fonte se esgota numa aparente torrente imparável como se emergisse um obstáculo invisível e quebrasse a corrente. E dela, não se percebe para onde terá seguido, apenas que foi interrompida. Um fundo escuro cobre o chão cristalino, das águas jorradas pela fonte. Pensamentos derramados seguem o fluxo da àgua. Não estão perdidos. Apenas caídos. Procuram o seu lugar, sem se espalhar. A água encontra sempre o seu nível. Eles aguardam.

Serão recolhidos, logo que possível.


[Qualquer coisa que encheu uma folha de papel à 01h30 desta manhã.]

3 ferroadas:

Mary Mary said...

Duas palavras... ABSOLUTAMENTE EXTRAORDINÁRIO! Vou relê-lo de novo...

Heiabelha said...

:))
Nem sei o que dizer. Espero que gostes tanto da segunda leitura como da primeira.

AnadoCastelo said...

Bem se continuas assim eu desisto de criar o meu próprio blog. Acho que não chego lá.
Bejos