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19 May 2006

Lisboa

A cidade onde nasci. Onde morei até aos 12 anos. Onde vivo de dia e passeio à noite. Cruzei e cruzo muitas ruas. Ainda não conheço todas. Os bairros característicos, os prédios, as praças, a história ainda em movimento. Eis Lisboa. Todos os dias, no eléctrico, no metro, no autocarro, no comboio, gente que passa e não lhe passa na ideia ver as ruas de outra maneira. Como se fossem turistas acabadinhos de chegar. E veriam com olhos de ver e não de olhar, Lisboa. Os prédios pareceriam mais bonitos, engraçados, teriam outro charme sobre o peso dos seus anos. As janelas formosas de Belém, de Alcântara, de Campo de Ourique, de Alfama que Maluda deu fama nos seus quadros. A Baixa seria um labirito simples de lojas e comércio à mão de fotografar, de saborear, de encher a vista e não saber para onde olhar primeiro. Os azulejos, tão bonitos e ricos em detalhes da história de Lisboa que já foram alvo de livros de autores ingleses (?!), seriam vistos como uma obra de arte e não como uma parede revestida – e que linda parede. Azulejos nas fachadas a emoldurar janelas, como esta de um restaurante no Bairro Alto.
As pedras da calçada portuguesa, tão distinta no nosso país, seriam evitadas pelos sapatos de quem passasse para poderem ser admiradas. E nós, que passamos a vida a olhar para o chão, não vemos nada. Não vemos os copiosos desenhos formados pelas pedras habilmente postas pelos calceteiros nos passeios, em edíficios onde a calçada entra pela porta. Ver também o fado, que dele Lisboa não se separa, que abriga como a um filho nas suas saias de varina. Um olhar de turista dentro de casa. Como se tudo fosse nosso (e é) e tivessemos o gosto de o mostrar a uma visita, quarto a quarto, sala a sala. E, numa amostra, de como seria, está Mariza que o faz como se estivesse em sua casa. Dá a voz a Lisboa num vídeo promocional da nossa capital portuguesa. Uma visão fadista na CNN. Que conheçam um pouco do fado pela mão de quem sabe cantar. Lá fora e cá dentro.

2 ferroadas:

AnadoCastelo said...

Lisboa. Ah como Lisboa é bonita. E a Mariza? Temos coisas tão boas e não sabemos dar o valor. Só começamos a dar um pouco de atenção quando lá fora alguma coisa começa a ser conhecida. Como o caso da Mariza, do Tony Carreira, de Marco Paulo. Estes dois últimos considerados "pimba", mas que vendem aos milhares de cd´s.
Enfim, somos portugueses e está tudo dito.
Quando é que começamos a não nos menosprezarmos?
Bejos

pinky said...

lisboa é liiiiiiiiinda! e mai nada!
não nasci em lisboa, mas já há muitos anos que a piso quase diáriamente, e quase diáriamente me surpreendo com a sua beleza, quase todos os dias descubro recantos e encantos desta cidade.